PESQUISA CONFIRMA (O ÓBVIO) MÁ GESTÃO NA SEGURANÇA PÚBLICA

Uma série de pesquisas divulgada nesta terça-feira pelo Ministério da Justiça comprovou em números e dados científicos o que a sociedade já desconfiava. A segurança pública do País "sofre de graves problemas de gestão" e é aplicada "de forma empírica" e muitas vezes caótica nos Estados, segundo informou, em entrevista, o ministro José Eduardo Cardozo. "O empirismo (derivado) da falta de informações precisas resulta em ações malsucedidas e desperdício de dinheiro público. Historicamente, gasta-se mal o pouco dinheiro que se tem", afirmou.

As pesquisas, divulgadas pela primeira vez em conjunto, fazem parte do Sistema Nacional de Estatísticas em Segurança Pública e Justiça Criminal (Sinesp), que vai balizar a definição de políticas públicas no País de agora em diante. Os Estados que não preencherem corretamente as informações sobre criminalidade vão ser punidos com a suspensão dos repasses de recursos federais, que somam mais de R$ 600 milhões ao ano. "O dinheiro federal não vai mais sair pelo ladrão, mas só com base em planejamento e em situações demonstráveis com toda transparência", avisou Cardozo.

Apenas 15 Estados, segundo o levantamento, já produzem informações de boa qualidade sobre criminalidade. Em sete outros, a informação é de baixa ou quase nenhuma qualidade, sendo que quatro deles não alimentam o Sinesp. São eles Santa Catarina, que enfrenta uma onda de violência nas últimas semanas, Amapá, Piauí e Roraima. Outros cinco produzem boa informação, mas se recusam a repassá-las ao sistema federal.

Fonte: Exame


MAIS DE 70 PROJETOS TENTAM AMPLIAR PORTE DE ARMA

Levantamento feito pelo Instituto Sou da Paz, organização não governamental que atua na prevenção da violência, mostra que parlamentares tentam por meio de diversos projetos flexibilizar o acesso às armas de fogo e aumentar o número de profissionais com direito a porte de arma.

De acordo com instituto, 73 projetos de lei propõem alterações no Estatuto do Desarmamento. Cerca de 40% deles visam à ampliação do porte a mais categorias, como fiscais de trânsito e advogados. Para Melina Rissa, diretora do Instituto Sou da Paz, essas modificações representam um "retrocesso".

"O Brasil liderou essa discussão há anos, quando aprovou o Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826), iniciativa reconhecida no mundo todo como uma das mais avançadas sobre o tema. Antes de falarmos em mudanças no texto, precisamos trabalhar para garantir sua implementação e o que vemos é que ainda temos grandes lacunas nesse ponto", ressaltou.

Há pouco mais de uma semana, a presidente Dilma Rousseff vetou integralmente o texto do Projeto de Lei 87/2011, que pretendia o porte de arma de fogo a agentes e guardas prisionais, integrantes de escoltas de presos e guardas portuários, mesmo fora de serviço. A justificativa foi que, se sancionado, implicaria maior quantidade de armas de fogo em circulação, "na contramão da política nacional de combate à violência e em afronta ao Estatuto do Desarmamento".

Mas o levantamento do Instituto Sou da Paz também mostra que foram aprovados no Congresso Nacional até hoje seis projetos, alterando o Estatuto do Desarmamento que entrou em vigor no final de 2003. Cinco deles definiram critérios mais rigorosos para o registro, a posse, o porte e a comercialização de armas de fogo e munição no Brasil.

Uma dessas modificações, com a aprovação da Lei 11.501/07, ampliou o porte de arma para mais de 20 mil profissionais das carreiras de auditor fiscal e analista tributário da Receita Federal.

O deputado federal Edio Lopes (PMDB-RR), autor de um dos projetos que estão tramitando no Congresso para flexibilizar Estatuto do Desarmamento, acredita que, com as determinações atuais, muitos brasileiros que não querem entregar suas armas acabam ficando em situação irregular, por dificuldades de renovar o registro na Polícia Federal.

A proposta do deputado, que está na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados, acrescenta o exame de acuidade visual entre os requisitos necessários para o registro de armas e reduz a burocracia para sua renovação, eliminando a comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo, limitando essa exigência ao registro inicial.

"O rigor deve ser aplicado à primeira solicitação, mas as renovações devem ser facilitadas, o que representará economia processual e evitará que milhares de cidadãos de bem fiquem em situação irregular por causa da demora e da dificuldade de obter a renovação por causa da burocracia", justificou o parlamentar. Com informações da Agência Brasil, via Conjur

JUIZ "CABRA MACHO" MORA NO FÓRUM E SOB VIGILÂNCIA DE SETE POLICIAIS

É assim neste país. Aqueles que não se aliam ao Sistema da corrupção pagam um preço alto pela sua seriedade, andam perseguidos com o risco da própria vida. De modo contrário, os desonestos vivem sem ser incomodados, gozam de prestígio e de poder.

Um caso lamentável é o do juiz federal Odilon de Oliveira (56), jurado de morte pelo crime organizado simplesmente porque aplica a lei e não se rende as tentações as quais a corrupção lhe oferece:


Odilon de Oliveira, de 56 anos, estende o colchonete no piso frio da sala, puxa o edredom e prepara-se para dormir ali mesmo, no chão, sob a vigilância de sete agentes federais fortemente armados. Oliveira é juiz federal em Ponta Porã , cidade de Mato Grosso do Sul na fronteira com o Paraguai e, jurado de morte pelo crime organizado, está morando no fórum da cidade. Só sai quando extremamente necessário, sob forte escolta. Em um ano, o juiz condenou 114 traficantes a penas, somadas, de 919 anos e 6 meses de cadeia, e ainda confiscou seus bens. Como os que pôs atrás das grades, ele perdeu a liberdade. 'A única diferença é que tenho a chave da minha prisão.'

Enquanto houver corrupção neste país, enquanto as leis colocarem pessoas honestas na condição de pessoas caçadas, nosso país permanecerá do jeito que é: um país ordinariamente miserável. 

ESTE É O TIPO DE NOTÍCIA QUE A MÍDIA NÃO DIVULGA DE HORA EM HORA

Esta é uma notícia que você provavelmente ainda não viu passar nos principais telejornais, tampouco irá ser reproduzida de hora em hora. Diferentemente de matérias ofensivas à imagem da instituição policial, esta cairá no esquecimento popular tão logo seja concluída sua leitura, mas não deixa de ser um fato que orgulha e honra nossa profissão:

Policiais militares salvaram dois jovens que estavam marcados para morrer no "tribunal do tráfico". Os rapazes, de 18 e 20 anos, foram resgatados na noite deste domingo (20) no morro do Chaves, em Barros Filho, subúrbio do Rio de Janeiro, onde estavam amarrados a um poste para serem fuzilados.

Os PMs do Batalhão de Irajá (41º BPM) localizaram as vítimas por volta das 21h, na rua Capineira Chaves, após receberem uma denúncia anônima.

O resgate foi feito debaixo de muito tiro. Quando os policiais chegaram, os traficantes já tinham sido avisados da aproximação deles e fugiram, mas ficaram de longe atirando. Os militares se dividiram: enquanto alguns revidavam os disparos, outros desamarravam os jovens para levá-los a um ponto seguro, fora do alcance das balas.

Na Delegacia da Pavuna (39ª DP), os dois, levemente feridos, contaram que foram sequestrados, julgados e condenados à execução no "tribunal do tráfico" por morarem em uma comunidade onde o tráfico de drogas é controlado por uma facção rival a do morro do Chaves.

Os PMs ainda apreenderam um fuzil M-16, com um carregador e 23 projéteis. R7

MONTADORAS APRESENTAM SUA VIATURA DO FUTURO


Como serão os carros de polícia em 2025? A Mercedes-Benz aprontou um Classe G futurista para patrulhas de fronteira e a BMW não quis ficar para trás.

Mas não basta apenas um projeto inovador e futurista. Cada criação deve se concebida levando em conta os futuros sistemas rodoviários e possíveis novas tecnologias. Além de serem satisfazerem as cada vez mais rigorosas exigências ambientais – tudo isso sem limitar a criatividade.
O projeto da BMW ficou por conta da DesignworksUSA, uma subsidiária da BMW. O ePatrol é um veículo modular que conta com uma estrutura principal e três módulos menores não tripulados. Estes podem se desacoplar e perseguir suspeitos de forma autônoma. São dois módulos terrestres e um aéreo, e em um mundo onde provavelmente haverá mais carros e trânsito, tal recurso poderia ser muito útil – ainda mais neste futuro imaginado pela BMW, onde todos os outros carros nas ruas são Lamborghinis.

A estrutura principal tem capacidade para dois policiais e têm um interior arrojado, com telas sensíveis ao toque por todo canto e nenhuma janela. Em vez disso, os policiais dirigem o veículo olhando por um grande monitor, que também exibe relatórios sobre a movimentação nas estradas e informações dos módulos não tripulados.
O design exterior é do tipo que estamos acostumados em ver nos filmes de ficção científica: formas aerodinâmicas e esguias, blindagem plástica e turbinas de levitação. Os módulos são acoplados magneticamente. Como não há janelas, o para-brisa foi substituído por um grande painel que pode exibir informações aos outros motoristas. É o tipo de inovação que dificilmente veremos tão cedo – mesmo em 2025. A escolha dos materiais é o que mais se aproxima de nossa realidade – o veículo é composto basicamente de polímeros e fibra de carbono.

O patrulheiro da BMW foi apresentado no mesmo concurso que o Mercedes Benz Classe G 2025. A diferença é que podemos imaginar o utilitário movido a hidrogênio nas estradas muito antes do veículo bávaro. E não apenas nas frotas policiais.

Créditos: JaloPnik